segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dados da Equipe

PROFESSOR: FRANCISCO FORMIGLI REBOUÇAS FILHO
 
COMPONENTES: ANA CAROLINE SOUZA - ANSELMO DINIZ SENNA VICIVE - CAIO MAGALHÃES MIRANDA MELLO - CIRO BOMFIM SANTA RITA - EVERSON CORDEIRO MORAES - ISADORA SILVA MOURA - JOÃO ALEXANDRE DE SOUZA COSTA - LORENA AÍDA RIBEIRO SCALDAFERRI - TAMYRES DA SILVA SANTOS

TURMA: 33 TURNO: MATUTINO (Segunda-feira: 8h25min às 11h05min)

O reforço indevido: a razão anuladora de inocência e a escolha do seu próprio demérito.

O comportamento humano é justamente aquilo que menos é conhecido na generalidade. Enquanto a humanidade não olhar para si, não poderá se entender, nem de forma isolada, ou seja, em seu aspecto mais particular e obscuro, ou em seu reflexo social. E uma opinião pública que não reage sobre si, se permite ser subjugada por qualquer tipo de ideologia e condução que os levem para longe de seu autocontrole.

Existe uma representação inseparável dos homens em sua evolução social. Trata-se de uma evolução histórica e social da aquisição e exteriorização da linguagem. A Humanidade do inicio das coisas até o homo sapiens vem exercitando a massa cinzenta com a aquisição da abstração por sinais, símbolos e códigos, representação artística e cultural daquilo que é introspectivo, determinantes de uma visão de mundo, uma opinião sobre a natureza, evoluído para uma opinião de sobrevivência, seguindo a observação social. Homens criaram meios para facilitação de seus afazeres. Enquanto evoluiu, dominou sobre a natureza e passou a transforma-la segundo suas vontades. A cultura é tudo aquilo que expressa domínio humano sobre a natureza ( hoje, quem cria a cultura domina sobre os homens). Também é, além de objetivação da exposição axiológica que cria e elege entre as mais nobres, a vontade de expressar aquilo que elaborou. A sua postura mudou, passando primeiro a erguer-se sobre os pés por necessidade, depois disto desfrutou a descoberta da dominação. Depois que dominou o uso do polegar, passou a dominar sobre outros. O maior erro dos homens foi considerar sua capacidade de dominação para aqueles animais que possuem a dadiva da razão. Demérito constante e firmado dos homens durante as gerações é seu papel de lobo de si.

Depois da tração animal, o domínio sobre a natureza, o homem se sedentarizou, e o fez em uma estrutura onde o homem dominou sobre outros e sobre a mulher. A sociedade antiga era em regra patriarcal, onde a mulher era vista como coisa ou nem mesmo ao nível de objetos. Nisto cresceu o rompimento com o mito. A ciência se instalou. Aristóteles o primeiro cientista da história. Assim considerado pela sua metodologia de aplicação. Todos esses mecanismos são pilares da estrutura social ocidental. Tudo isto é a herdade que nossa sociedade adquiriu. 

 Nossa sociedade é estruturada num pensamento onde existem dois paralelos de ensino por reforço e punições. A ciência descobriu itens estruturais de diversos sistemas no planeta terra. Da matemática à medicina, estudo de corpos humanos, descobrir que além do coração e rins o cérebro é o comando do corpo humano. Força gravitacional, enfim, ajudaram o homem a crescer em direção ao conhecimento do que há. É uma ignorância usar a ciência para negar Deus, e usar a religião para negar a ciência. Nicolau Copérnico, homem que elaborou a teoria de que o Sol é o centro do universo era religioso, católico. Isaac Newton foi criado na doutrina protestante e passou mais tempo estudando a bíblia do que descobrindo a teoria da queda da maçã. O homem que elaborou a doutrina conhecida como o tomismo, que elencou a ideia de justiça comutativa, distributiva e justiça social, que influenciou o pensamento moderno e contemporâneo a respeito dos direitos do homem e do cidadão, e após este a declaração universal dos direitos humanos foi São Tomás de Aquino. O primeiro homem que igualou escravos e senhores homens e mulheres, conferindo valor igual perante Deus foi o próprio Jesus de Nazaré. Antes dele, homens pensaram todo o tipo de doutrina, ideologia, reflexões pela razão, a busca pela própria razão, mas o fundamento dos direitos que se busca respeitar hoje sobre o s homens e mulheres veio por Jesus. Antes, pelo helenismo que dominava o mundo, mulheres, escravos e não cidadãos não possuíam seu espaço em direitos não. Após isto, na idade média, com a criação decorrente do direito de habeas corpus, as pessoas passaram a ter direito sobre seu próprio corpo. Não falo da igreja que centrava seu conhecimento em seu próprio clero e que até pouco tempo falava suas missas em latim para que o povo não reconhecesse a doutrina que achavam seguir. Não falo da farsa da inquisição. Digo que, após um dado momento da história da humanidade, não se desvinculava mais ciência e religião dos pilares norteadores das sociedades. A população, um grupo, um conjunto de pessoas sempre demonstram sua sede de ter um segmento e nisto se organizam.

Na história humana houveram épocas de guerras, lutas, opressões, brigas, manipulações. Na filosofia o homem passou a olhar para si pela reflexão. Um dos pilares do Cristianismo é fazer com que o homem analise-se a si mesmo, como diz nos evangelhos. Diante disto, o poder estava conferido na razão de qualquer que se dispusesse a se determinar. Porém, quem reconheceu isto fez e faz com que quanto menos todos agem por esta diretriz melhor para ser dominado. Uns fazem uso desta percepção para o mau. São os aristocratas, os totalitaristas, que até hoje estão presentes em “plena democracia”. Já haviam homens como os já citados, e além deles John Locke, afirmando que o poder de legislar e de executar são distintos. Barão de Montesquieu, em decorrência afirmou e estabeleceu sua doutrina da divisão do poder. Rousseau estabeleceu um contrato social entre poder e o povo. Abraham Lincoln, primeiro presidente dos EUA, afirmou que o poder é do povo, pelo povo e para o povo. Tudo isto trata-se de exemplos de reforços positivos para o crescimento e avanço da humanidade.

 Já outros aplicam a punição para o domínio da massa. Quando o povo aprende o que é bom e não executa-o para o seu bem, a punição serve como educador destes. Quando o povo viu todos esses feitos que apelam para a liberdade sem deles tomar a posse que lhe cabe, homens mal intencionados aplicam a punição social do contorno necessário para que o povo, por coação psicológica da autoridade, os obedeçam. Essas doutrinas sempre estão em paralelo com a liberdade de que o homem sempre buscou desfrutar. Desde antes, servir a Deus que abençoa e faz milagres é uma busca pela liberdade das opressões terrenas. Muitos afirmam suas experiências espirituais inegáveis e afirmam firmemente aquilo que experimentaram. Homens que buscaram romper com o mito da natureza para domina-la, buscaram a liberdade de não depender das estações para manter-se, para contornar as dificuldades das predisposições naturais. Quem busca sua felicidade, independente do que eleja ser esta para si, busca sua liberdade.

Uma verdade do homem é sentir ameaça diante de outro homem. Enquanto houverem objetivos entre nós, haverão contrarias forças que nos oporão à metas estabelecidas. Na psicologia social, analisa-se a condição social que fazem de uma certa parte um verdadeiro organismo que funciona como um corpo em ciclo de sobrevivência. Enquanto houver um líder, sempre haverá liderado ou liderados. A função social de um completa-se com a de outro dentro do organismo social em que vivem. Diante disto, juntamente com o surgimento da antropologia e a sociologia, o homem vem sendo estudado de uma forma mais complexa. O conhecimento é um dos componentes históricos que são herdáveis. A linguagem é o caminho dessa herdade. Os valores são elegíveis, portanto mutáveis. Na psicologia social, um corpo que funciona deve reconhecer as partes que o compõe. Isto porque não há parte de um contexto que desconecte-se do efeito macro e que influencie no macro.

Os valores dos homens em decorrência dos anos vem sendo baseados pelas influências ideológicas principais que os norteiam. Se no passado haviam guerras e sangues derramados, hoje também há. Se antes havia um senso de respeito pelo corpo conjunto, pilares éticos, hoje muito menos. É uma verdade que a sociedade mais recente sempre discorda de posturas daqueles que os antecederam. Logo, a lei da sociedade não é evoluir, e sim modificar-se. Porém, um povo que possui acesso à informações mais do que possuem acesso à comida deveria cobra-se a evolução qualitativa. Um publico que reconhece o que significa valor, ética, que estuda os direitos inerentes ao homem, porém insiste na miserabilidade que o acompanha é culpada de um peso maior do que a de outras épocas, por terem acesso à informações e possuir uma razão informacional mais apurada. Se antes matavam por que entendiam que esta era a maneira correta de aplicar-se a justiça, sem haver um Estado intermediador por via do processo para por fim aos conflitos entre as partes, hoje mata-se considerando o mal da morte em paralelo com o que também reconhecemos de valores e pilares de respeito e considerações. Ainda que munidos da plena razão do que significa atos hediondos, do que significa trafico de drogas, entre outros, acostumam-se com a ideia de que é necessária estas praticas. A escola da violência é Hollywood, os jogos que buscam a cada dia aproximar-se de um gráfico e um ambiente real, é jogos onde os jogadores podem escolher assumir o papel do bandido. A publicidade e a propaganda, o marketing indutor tem arrebatado os sentidos de raciocínio do público, levando-os a um caminho que os formam. O maior formador do caráter hoje é a guerra. Se olharmos bem, as tecnologias hoje que usamos, as novas classes de plásticos, a força atômica, a transmissão via satélite- ionosfera, a nanotecnologia, a comunicação apurada, os sistemas de vigilância, as maquinas de locomoção motorizadas foram formadas e aprimoradas em função da guerra fria. Te todo o conhecimento humano, em toda a sua existência, mais de 90% ocorreram nesta época. Charlie Chaplin em seu discurso no filme “ O Grande Ditador” afirmou que a tecnologia mais nos separam do que nos unem. Para um filme da primeira metade do século passado, informações bastantes reais, pois a nossa realidade atual é decorrente de um processo que ele iniciou viver naquele período. As redes sociais não são sociais, do contrário, são culturas de massa. E quando referimo-nos ao povo com o título massa, subtende-se que fazemos referência a um corpo de alienação. Estamos vivendo em um momento em que a povo não produz cultura, do contrário, a consome.

Quando mais a sociedade enxerga os produtos como meio de vida plena, as coisas como parte principal de sua existência , deixamos de ver na própria humanidade o seu valor principal. Nisto vemos uma educação indutora, direcional e intencional para estes fins: o reforço da alienação para a maioria e o mecanismo de punição para uns poucos que ousam defrontar esta lei funcional corporativa.




Por: Everson Cordeiro

A psicanálise e crise de identidade relacionados com o filme “Freud além da alma”.


“Sempre li que o mundo que é feito de terra e de água era esférico, e as experiências de Ptolomeu e de todos os outros o provaram... Mas comprovei uma tal dessemelhança em relação a essa opiniões que reconsiderei essa ideia do mundo, e concluí que ele não é redondo da maneira que vem sendo descrita, mas da forma de uma de uma pêra... ou como uma bola muito redonda, num ponto da qual haveria uma saliência como um peito de mulher.” CRISTÓVÃO COLOMBO, Diário de Bordo.

Freud frequentemente comparava-se ao pioneiro desbravador da América, afirmando que não inventou o inconsciente, mas apenas desbravou um caminho já existente para regiões psíquicas inexploradas. Assim diz:

“Eu não sou realmente um homem de ciência, nem um observador, nem um experimentador, nem um pensador. Por temperamento, sou apenas um conquistador – um aventureiro, se preferes esse termo – com toda curiosidade, a audácia e a tenacidade que caracterizam um homem dessa espécie. Habitualmente, essas pessoas só são estimadas se tiverem êxito, se descobriram de fato alguma coisa...”  Carta à Wilhelm Fliess

Quando Freud se formou em Psiquiatria e começou a clinicar, o caminho para chegar ao inconsciente era brumoso incerto. Além de remédios, a única ferramenta utilizada pelo analista era a hipnose, que fornecia resultados apenas em curto prazo. Usando a hipnose inicialmente e constatando-a ineficaz em diversos pacientes, Freud partiu para trilhar o seu próprio caminho para chegar ao inconsciente de seu paciente, através da interpretação de seus sonhos e pela livre associação de ideias. Esse caminho trilhado pioneiramente por Freud baseou-se de início no Método Catártico de Breuer, seu amigo e mentor, e mais tarde foi aprimorado para o que se chamou de Psicanálise. O rompimento com a hipnose foi um dos fatores marcantes da psicanálise, como o próprio Freud afirma em sua obra Cinco Lições de Psicanálise:

“A hipnose encobre a resistência, deixando livre e acessível um determinado setor psíquico, em cujas fronteiras, porém, acumula as resistências, criando para o resto uma barreira intransponível”

A Psicanálise é uma das ferramentas mais utilizadas da psicologia moderna para a resolução de enfermidades desencadeadas por mecanismos de defesas do inconsciente. Esta ferramenta, que consiste na investigação sistemática dos problemas ligados a essa enfermidade, foi criada por Sigmund Freud, médico vienense do século IXX. Freud chegou à conclusão de que todas as pessoas sofrem de algum tipo de enfermidade psíquica que afetam o seu comportamento e saúde, ou seja, sofrem de neuroses, culminando em uma certa crise de identidade , onde o indivíduo oculta de si próprio experiências traumáticas de seu passado, fundamentais para a formação de seu “eu” atual.

A utilização da Psicanálise como método de investigação tornou possível a “descoberta” de regiões obscuras da vida psíquica do indivíduo, vencendo resistências interiores, a fim de buscar o fator desencadeador da neurose a partir do autoconhecimento, a fim de solucionar a crise de identidade enfrentada, chegando, finalmente, na cura da enfermidade.

Para desenvolver este método investigativo tão eficiente Freud trilhou um árduo e longo caminho, confrontando seus mentores, sociedade, comunidade científica sua esposa e principalmente suas próprias crenças e medos. Essa importante jornada é bem representada no filme Freud além da alma (1962), retrata os momentos difíceis que Freud viveu no início de sua carreira de médico. São mostradas as descobertas de Freud com as próprias experiências pessoais do psicanalista e a teoria que desenvolveu sobre o Complexo de Édipo.

 O filme citado retrata todas as dificuldades que Freud enfrentou para difundir os fundamentos de sua Psicanálise no meio científico. Em sua investigação clínica, depois de diversas frustrações, ele constata que a grande maioria de pensamentos e desejos reprimidos, culminados em enfermidades, referia-se de conflito de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida. Freud finalmente chega à conclusão de que todos os problemas de histeria que tratou tinham um denominador comum: a sexualidade na infância. Essa afirmação choca a comunidade científica da época, que repudia a ideia com veemência, assim como seu próprio mentor Breuer.

A partir desta descoberta vital para o seu método de tratamento, ele cataloga as fases sexuais desde a infância até a adolescência:

1- Fase oral (até 2 anos de idade) – zona de erotização é a boca, estando o prazer ligado à ingestão de alimentos.

2- Fase anal (entre 2 e 5 anos de idade) – zona de erotização é o ânus. Nessa fase ocorre o Complexo de Édipo, que é o desejo sexual reprimido da criança pela figura da mãe ou pai. É quando ocorre a estruturação da vida psíquica do indivíduo, quando ele começa a forjar sua identidade.

3- Fase fálica (a partir dos 5 anos) – a zona de erotização é o órgão sexual.

 4- Fase genital (na adolescência) – a zona de erotização está no outro.

Segundo Freud, toda mulher ou homem sofre de desejos sexuais reprimidos na infância, onde o inconsciente, como manobra de defesa distorce a verdadeira realidade criando uma outra alternativa, que permanece até a idade adulta. Essa “manobra do inconsciente” acaba por potencializar uma futura neurose, quando o adulto só é verdadeiramente completo quando superá-la através do autoconhecimento. Em seu discurso Freud diz que todos já sofreram um dia do Complexo de Édipo, e que todos os seres humanos tem a tarefa de superar esse complexo dentro de si mesmo. Aquele for bem sucedido nessa tarefa, tornar-se-á um ser humano completo. Aquele que falhar, se tornará um neurótico. 


 A finalidade do trabalho investigativo de Freud é o autoconhecimento, que possibilita lidar com o sofrimento criar mecanismos de superação das dificuldades, proporcionando ao ser humano a consciência de sua própria essência, de sua história pessoal, de sua identidade verdadeira, que é absolutamente única e singular.

Uma parte marcante do filme “Freud Além da Alma” ocorre quando o Dr. Meynert, rival de Freud, estando em seus últimos dias de vida, o chama para fazer a chocante revelação de que ele mesmo era um neurótico. Atesta:

“Minha vida foi uma farsa. Usei mal meu talento. Escondi a verdade de mim mesmo. Suprimi meu eu verdadeiro. Resultado, estou morrendo num estado de orgulho e ignorância. Não sei quem sou. A minha vida foi vivida por outra pessoa.” 


Ao final ele valida o esforço de Freud e o estimula a continuar a sua investigação do inconsciente.

O filme termina com uma citação daquilo que está escrito no templo de Delfos há mais de dois mil anos e que é o objetivo de Psicanálise:

 
“Conheça a si próprio”.  



Por: Anselmo Diniz

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Behaviorismo e a crise de identidade

O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em artigo publicado em 1913. Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a psicologia, isto é, o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio. 

Apesar de colocar o “comportamento” como objeto da psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson, modificando o sentido desse termo. Hoje, não se entende comportamento como uma ação isolada de um sujeito, mas, sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. Portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do individuo e o ambiente. 

Além de Watson, sugiram outros Behavioristas importantes como B. F. Skinner, onde sua linha de estudo ficou conhecida como Behaviorismo radical. A base da corrente Skinneriana está na formulação do comportamento operante. 

O comportamento operante abrange um leque amplo da atividade humana, inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, têm efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. 

Essa e outras teorias como o reforçamento, a extinção, a punição, o controle de estímulos, a discriminação e por fim a generalização foram impotantes para o estudo aprofundado do comportamento humano fazendo uma relação entre o homem e o ambiente. 

Uma área de aplicação dos conceitos apresentados tem sido a educação. São conhecidos métodos de ensino programado, o controle e a organização das situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino. Entretanto, outras áreas também têm recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo Behaviorismo, como a de treinamento de empresas, a clínica psicológica, o trabalho educativo de crianças excepcionais, a publicidade e outras mais. 

Fazendo uma relação com o filme “Laranja Mecânica”, podemos ver que o filme puxa as várias linhas Behavioristas no que se trata ao comportamento humano e a sua análise. O filme é uma obra bastante crítica, onde sua idéia inicial é tratar do comportamento social e como ele pode (ou não) ser condicionado. A principal questão do filme é gerar uma dúvida onde nos perguntamos se a sociedade é capaz de perdoar criminosos e aceitá-los de volta ao convívio. O mesmo relata a história de um criminoso que é um líder de uma gangue de jovens, que praticavam atividades como roubar, espancar, estuprar e matar. Em uma de suas ações o mesmo é pego pela polícia. Na prisão ele descobre que há um novo método, ainda em tese, para eliminar intenções criminosas e sentimentos ruins de pessoas que estão na prisão por diversos motivos. 

E é a partir deste pensamento que se inicia toda uma relação, todo um sincronismo com as idéias Behavioristas. Este criminoso se candidata para ser cobaia desta nova experiência e, assim, começa a sua jornada psicológica. 

Submeteu-se a vários testes psicológicos onde foi constatada a sua cura. E a partir daí, como citado a cima, o filme trabalha com a tentativa de descobrir se a sociedade é capaz de aceitar um ex-criminoso andando novamente pelas ruas e tendo uma vida social como a de todos os outros cidadãos. Fazendo um aprofundamento maior entre o filme e o Behaviorismo, podemos notar uma crise de identidade das pessoas que passam por tratamento psicológico. Pois se um preso sai da cadeia diretamente para a sociedade, ele vai notar um olhar diferenciado com relação ele. Quando se olhar no espelho ele verá outra pessoa, psicologicamente falando. Ele não será mais aquele criminoso de antes, ele agora terá uma vida social normal como à de todas as outras pessoas. Só que a sociedade não verá dessa forma e muito menos com bons olhos. 

E isso acarretará uma série de problemas internos tanto no psicológico quanto no comportamento desta pessoa. O behaviorismo cria teses comportamentais, gera soluções, mas não traz perspectivas futuras.



João Alexandre Costa

Evolução do comportamento social segundo a Teoria do Behaviorismo




O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em artigo publicado em 1913, que apresentava o titulo “Psicologia: como os behavioristas a vêem”, sendo que o termo inglês behavior significa “comportamento”.

Watson, postulando o comportamento como objeto da Psicologia, dava a esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando — um objeto observável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos. Assim o status de ciência, rompeu definitivamente com a sua tradição filosófica, além de defender uma perspectiva funcionalista para a Psicologia, isto é, o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio.

Dessa maneira os psicólogos desta abordagem chegaram aos termos “resposta” e “estímulo” para se referirem àquilo que o organismo faz e às variáveis ambientais que interagem com o sujeito (S –R). Por esse método o comportamento foi entendido como interação individuo – ambiente, ou seja, a unidade básica de descrição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento.


O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é B. F. Skinner (1904-1990). Esta linha de estudo ficou conhecida por Behaviorismo radical, termo cunhado pelo próprio Skinner, em 1945, para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento (que ele se propôs defender) por meio da análise experimental do comportamento. Skinner desenvolveu os princípios do condicionamento operante e a sistematização do modelo de seleção por consequências para explicar o comportamento. A diferença em relação aos paradigmas S-R e S-O-R é que, no modelo Sd-R-Sr, o condicionamento ocorre se, após a resposta R, segue-se um estímulo reforçador Sr, que pode ser um reforço (positivo ou negativo) que "estimule" o comportamento (aumente sua probabilidade de ocorrência), ou uma punição (positiva ou negativa) que iniba o comportamento em situações semelhantes posteriores.

Demonstrado a partir de experiências em laboratório, a exemplo do rato com sede: (Essa parte acho melhor ser postada como um link)

Um ratinho foi colocado na “caixa de Skinner” — um recipiente fechado no qual encontrava apenas uma barra. Esta barra, ao ser pressionada por ele, acionava um mecanismo (camuflado) que lhe permitia obter uma gotinha de água, que chegava à caixa por meio de uma pequena haste. Que resposta esperava-se do ratinho? — Que pressionasse a barra. Como isso ocorreu pela primeira vez? — Por acaso. Durante a exploração da caixa, o ratinho pressionou a barra acidentalmente, o que lhe trouxe, pela primeira vez, uma gotinha de água.
O ratinho, por acaso, pressiona a barra e recebe a gota
d’água. Inicia-se o processo de aprendizagem.

O comportamento de Skinner se distingue do de Watson porque no comportamento operante, o comportamento é condicionado não por associação reflexa entre estímulo e resposta, mas sim pela probabilidade de um estímulo se seguir à resposta condicionada. Desse modo, o Behaviorismo Radical propõe um modelo de condicionamento não linear e probabilístico, em oposição ao modelo linear e reflexo das teorias precedentes do Comportamentalismo.

Para analisar o tema do Behaviorismo na atualidade, me baseei no livro Behaviorismo Radical: Crítica e Metacrítica, do Professor Kester Carrara. Uma primeira questão retomada pelo livro do Professor Carrara é o reducionismo no Behaviorismo Radical. De modo geral, a crítica parte do fato de que se os, assim chamados, fenômenos mentais podem ser interpretados em termos de comportamento, o Behaviorismo Radical opera uma redução comportamental.

Contudo, segundo o Professor Carrara, a questão do reducionismo aflige nem tanto os pressupostos teórico-filosóficos (reducionismo de princípio), mas sim, a atuação de analistas do comportamento (reducionismo de prática).

Ao explicar os fenômenos sociais por meio de simples experimentos opera-se um reducionismo indevido: encara-se um fenômeno comportamental complexo como uma mera soma de fenômenos comportamentais simples. Ou seja, há uma omissão de importantes variáveis na análise dos fenômenos sociais complexos

como, por exemplo, o contexto social, político, econômico, nutricional, familiar, etc.

Todavia até a atualidade, a Analise do Comportamento em si, não realizou um estudo real, que contemple de forma critica e relevante, as variáveis políticas e socioeconômica. 
 
 
 
Por: Lorena Scaldaferri

A teoria da Boa Forma

A teoria da forma, a Gestalt, preocupa – se com a indução do individuo a fazer de seu comportamento no estabelecer da boa forma da realidade, fazendo daquilo que o mesmo acredita ser real a partir de sua percepção, isto é, partindo de algo já presumidamente formado e existente em sua consciência no desenrolar da realidade. Kant assinalava que a realidade é a forma que toma o pensamento de cada indivíduo.

Na teoria em estudo, a percepção se torna ponto de partida para a compreensão do comportamento humano. Para os estudiosos da Gestalt, existe na relação de causa e efeito entre o estimulo e a resposta, o processo de percepção, ou seja, há um conjunto de informações arquivadas no próprio individuo que o levam há materializar a realidade de forma primária e equivalendo sempre à mesma.

O que o ser percebe e como percebe são dados fundamentais e imprescindíveis para a compreensão, inclusive subjetivamente, do comportamento humano. A percepção, na teoria em questão, tende a tomar-se de uma forma mais global, mais universal, ao passo que levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo, quando de forma isolada, isenta das manifestações e estímulos exteriores, a mesma pode perder o seu entendimento. Baseada na teoria do isomorfismo, buscando sempre um fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma situação, uma imagem, um movimento etc., em que é de imenso valor a consideração dos estímulos da maneira mais ampla possível.

O nosso comportamento mantém relação estreita com estímulos exteriores. Com base nestes mesmos estímulos, podemos estabelecer determinados comportamentos, e estes quando não relacionados com estímulos externos, podem se constituir de maneiras distintas. Em determinados momentos o nosso comportamento refletirá a estímulos de maneira uniforme e homogenia, e em outros terá uma concepção totalmente equivocada do real.

O individuo tende a buscar a superação da ilusão de ótica a fim de se conseguir a boa forma, a decodificação, por exemplo, de uma imagem ou de uma situação, presente a nossa percepção com diretriz primeira. A interação do meio geográfico, o meio como ele é de fato, e a percepção do individuo, o meio resultante da soma individuo e meio geográfico, ocorre quando, concomitante a interpretação do meio físico, tem-se a reflexão dos estímulos baseados numa percepção anterior do próprio ser; tal percepção regida pelas forças da simetria, da simplicidade, do equilíbrio e da estabilidade. Quando o ser, dominado por força da percepção e sua interação com o meio físico, busca unir os elementos que compõem uma imagem ou uma situação, o mesmo se encontra dominado pela força do campo psicológico. Este, por sua vez, compreende como um campo de força que nos induz a procurar a boa – forma. O campo psicológico busca preencher as lacunas vazias de situações que não se encontram perfeitamente estruturadas para um bom entendimento da realidade. Tal processo, o de preencher as lacunas em branco e distorcidas do real, acontece baseado em princípios que munem tal procedimento e o tornam mais eficaz: o da proximidade, semelhança e fechamento.

A teoria da Gestalt se baseia na relação entre o todo e a parte, na medida em que para se compreender o todo é necessária a compreensão das partes, bem como a compreensão das partes é imprescindível que haja a percepção do todo. Ocorre que, em diversas situações, o ser não consegue distinguir as partes e, tão somente, compreende algo diante do todo. É a totalidade dos fatos, dos estímulos e manifestações exteriores que determinam o comportamento a ser adotado por cada um. (LEWIN AO CONCEITUAR ESPAÇO VITAL). E não só se considera o meio físico puramente para a concepção do comportamento humano, para Garcia – Roza, qualquer fator, seja ele objetivo, subjetivo, real ou mesmo o fictício, se constitui como elemento formador do campo a ser apresentado para o ser.

A realidade fenomênica compreendida como a maneira particular e individual que cada ser interpreta uma situação, pode-se constituir também como meio comportamental na Gestalt. O campo social, as relações entre outros semelhantes e situações vividas no coletivo, também interferem na percepção e podem influenciar o significado dos estímulos na sua totalidade.



Por: Ana Caroline Souza

A relação da linguagem digital e analógica com a evolução do comportamento e crise de identidade





Essencial para a vida em sociedade, assim pode ser conceituada a comunicação. Todos nós, seres humanos sabemos que, sem ela não pode haver relacionamentos entre indivíduos de um grupo social. Através dela é possível que um ser humano conheça a si próprio e aos outros, interagindo e expondo suas ideias, sentimentos, opiniões. Uma boa comunicação é indispensável, pois a mensagem emitida deve ser entendida por quem recebe para que ela exista, já que a mesma está ligada com a capacidade de compreensão do indivíduo, a comunicação não pode ser distorcida, o receptor deve receber a mensagem de maneira clara e objetiva. Pode parecer algo simples para alguns, que se consideram bons comunicadores, porém para outros se torna um dos maiores problemas, visto que, existem pessoas que encontram dificuldades para saber lidar com tamanha interação e acabam sofrendo consequências como distúrbios comportamentais e síndromes.

Existem duas formas de comunicação: a digital e a analógica. Considerado referência neste tema, o ilustre autor Paul Watzkawick (1921) conceitua essas duas vertentes afirmando:

Na comunicação humana, podemos nos referir os objetos — na mais ampla acepção da palavra — de duas maneiras inteiramente diferentes. Podem ser representados por uma semelhança, como num desenho, ou ser referidos por um nome. Assim, na frase escrita: “O gato apanhou o rato”, os substantivos poderiam ser substituídos por desenhos; se a frase fosse falada, poderíamos apontar para o gato e o rato reais. Seria desnecessário acrescentar que isso seria um modo incomum de comunicação e, normalmente, usa-se o “nome” escrito ou falado, isto é, a palavra. Esses dois tipos de comunicação — um por semelhança autoexplicativa, o outro por uma palavra — também são equivalentes, é claro, aos conceitos de analógico e digital, respectivamente. (WATZKAWICK, 1921, p. 56)

A linguagem analógica está agregada aos sentidos dos seres humanos, especula-se uma relação muito ampla dela com os períodos arcaicos da evolução geral, não se tratando então de algo recente, possuindo assim maior relevância. Antes de aprender a falar o mesmo partilha com os outros seu estado psíquico e emocional, pois através dela pode-se referir mais facilmente à coisa que representa. Segundo Watzkawick (1921), a comunicação analógica é toda a comunicação não verbal, que envolve sintomas, “[...] postura, gestos, expressão facial, inflexão de voz, sequência, ritmo e cadência das próprias palavras, e qualquer outra manifestação não verbal de que o organismo seja capaz”. Esta linguagem analógica é responsável pelas relações, transmite, sobretudo emoções, afetos, permitindo assim que os sentimentos sejam expressos. São exemplos dela: imagens, cheiros, gestos, emoções, etc.

Já linguagem digital, é a comunicação mediante as palavras, que podem ser escritas ou faladas, sendo, portanto segmentar, mais verbal e linguística, ou seja, divisível em fonemas, possui uma sintaxe lógica, considerada complexa e poderosa, porém carece da semântica adequada no campo das relações. Podemos admitir que existência da linguagem digital foi, e continua sendo indispensável para o progresso da civilização, haja vista que, sem a mesma seria impensável a realização da maioria ou de todas as atividades pois a partilha de informações entre os indivíduos é necessária para a transmissão de conhecimento entre os mesmos. São exemplos dela: as palavras, a escrita, o DNA, os neurônios. As informações transmitidas pelos neurônios no corpo humano são digitais, os impulsos são responsáveis por excitar ou inibir as respostas sinápticas em forma de tudo ou nada, essa atividade consiste na transmissão de informação digital binária. Todavia, o sistema humoral é considerado analógico, pois é responsável por liberar ou não substancias em quantidades inconstantes, dependendo de inúmeros fatores.

Os dois modos de linguagem atuam de forma combinada, traduzindo-se um no outro e complementando-se possibilitando que haja uma comunicação eficiente. Como conclui o autor Watzkawick (1921):
Em resumo, se nos lembrarmos de que toda comunicação tem um conteúdo e uma relação, podemos esperar concluir que os dois modos de comunicação não só existem lado a lado, mas complementam-se em todas as mensagens. Também poderemos esperar concluir que o aspecto de conteúdo tem toda a probabilidade de ser transmitido digitalmente, ao passo que o aspecto relacional será predominantemente analógico em sua natureza. (WATZKAWICK, 1921, p.59)


A comunicação humana busca acompanhar a evolução da espécie, este crescimento busca aprimorar algo que é indispensável para a vida em sociedade, porém, este avanço tomou proporções muito altas, que antes eram ate inimagináveis, e ferramentas foram criadas para facilitar as relações e encurtar distâncias, uma das mais notáveis é a internet, a mesma possibilita que o mundo interaja em espaços curtos de tempo e é de grande serventia. Porém, nesta chamada “era dos 140 caracteres”, temos que ser mais objetivos. Assim, deixamos de lado as sutilezas que uma boa prosa, nos moldes tradicionais, proporciona: transmitir emoções, sensações e sentimentos. Os relacionamentos sensoriais estão cada vez mais escassos, principalmente agora na chamada “geração google” onde as redes sociais estão

substituindo o contato físico entre as pessoas. As crianças não saem mais de casa para brincar de corre-corre, pega-pega, amarelinha, etc, pois preferem os jogos em rede.

E isso pode causar um problema muito sério que afeta principalmente essa fase de transição da infância para a adolescência, que é a crise de identidade. Portanto, pode-se concluir que é indispensável que se faça bom uso dos dois tipos de comunicação, de modo equilibrado para que haja avanços e não retrocessos.





Por: Tamyres Souto

Texto Evolução do comportamento e Filme Freud, além da alma

Freud, além da alma.

O filme retrata a vida profissional de Freud. Começando desde sua formação em medicina até a criação de sua teoria da sexualidade infantil. Mostrando em foco o desenvolvimento da psicanalise.

A psicanalise é o método que Freud desenvolveu para que seus pacientes chegassem ao inconsciente e “liberassem” suas memorias traumáticas, melhorando suas crises e problemas físicos.

A teoria da sexualidade infantil é a fase em que a criança começa a ter desejos de uma forma inocente, pois a criança não tem consciência sexual. Esse desejo surge da concorrência entre os pais. Um menino deseja tomar o lugar do pai; Uma menina deseja tomar o lugar da mãe.

A evolução do Comportamento

O texto de B.F. Skinner retrata diversos comportamentos realizados por diversos seres para sua sobrevivência e outros fatores, alguns desses comportamentos podem ser ligados ao inconsciente, mas que ajudam na alimentação e para fugir dos perigos naturais.

Podemos dar como exemplo, o processo mental de uma garça que pesca e seu método demostra alguns dos processos de pensar do ser humano.

Relação: A evolução do comportamento e Freud, Além da Alma.

A evolução do comportamento conta com diversos fatores do inconsciente, como por exemplo, o fato das Enguias do Atlântico percorrerem um quarto da volta ao redor da terra apenas para procriarem. Enquanto o filme trata do inconsciente humano onde as pessoas desenvolvem doenças graças a traumas passados, e que podem ficar guardados no seu inconsciente.

Esses animais não tem o “poder de pensar” do ser humano, mas mesmo assim desenvolveram técnicas ou comportamentos. Ao retratar o fato das Enguias do Atlântico, pode ser ligado também o fator natural, pois esse processo não é recente e antigamente o continente europeu e o americano eram próximos e esse comportamento foi passado de geração em geração, mas a cada geração os continentes foram ficando mais distantes. Assim como o inconsciente humano tem seu fator natural, que pode ser algo passageiro e esquecido ou permanecer no inconsciente.

Outro ponto em comum é o fato do comportamento em reação a um estimulo, por exemplo, um grupo de animais de pastagem, expostos à predação. Cada animal apresenta uma forte tendência a correr, em resposta não apenas à predação, mas a estímulos relacionados com predadores. E no comportamento humano inconsciente, pode haver um problema que se desencadeará graças a um estimulo. Como aconteceu no filme que uma das pacientes de Freud dizia que o pai a molestou quando criança, na verdade ela queria possuir seu pai. Fantasia que acabou se transferindo para a fase adulta. E ao ver o pai com uma prostituta ela perdeu os movimentos das pernas.



Por: Caio Miranda

A Evolução do Comportamento Social e Sua Análise Dentro dos Padrões da Gestalt

O comportamento humano dentro do seio social em que vive, faz-se necessário não somente para embasar os conhecimentos a cerca do seu progresso em relação às técnicas utilizadas para a sobrevivência, mas também, serve como um caminho para analisar a evolução comportamental através do curso da história, bem como, projetar as possibilidades futuras a cerca deste tema.

No campo a Psicologia, o comportamento pode ser descrito como um conjunto das reações passíveis de observação em sujeitos inseridos em determinados ambientes – onde se pode haver o controle. O comportamento social perpassa pelas interações humanas dentro do ambiente em que os indivíduos compartilham suas diversas reações e obtêm respostas positivas ou negativas diante das condutas realizadas por ele mesmo ou por outrem. Diante de tais parâmetros os gestaltistas asseveram a necessidade de analisar os estímulos, a percepção e a resposta apresentada por casa um diante daquilo que foi percebido.

Diante de tais preceitos, partir-se para a análise e observações pertinentes à Gestalt, bem como evolução no que tange ao comportamento social, pela crítica utilizada ao Behaviorismo, que observava o comportamento sem inserção em um contexto mais vasto - desprezando os conteúdos de intrínsecos e extrínsecos de cada indivíduo e suas possíveis condutas.

Em linhas gerais, a Psicologia da Gestalt pode ser definida como um conjunto de comportamentos que, instrumentalizados pelos sentidos, abrem a possibilidade de compreensão dos significantes e significados dos elementos que os indivíduos interagem cotidianamente - facilita a compreensão, ajudando assim à realização de associações (análise da configuração ou forma do objeto). De forma simples: o ser humano analisa e percebe os objetos como um todo (conjunto), antes de ter a percepção das partes menores que o compõem tais objetos (natureza, essência ou substância). Fala-se então em fechamento, simetria e regularidade – a partir do momento que se conhece o objeto, são necessárias apenas algumas “pistas” para que se torne possível a compreensão do todo.

O comportamento social, dentro dos parâmetros da Gestalt, evolui de forma gradativa para cada indivíduo, a partir do fechamento e das associações que a mente passa a fazer. Quando o ser humano nasce, não possui conhecimento algum sobre o mundo que o rodeia, mas já carrega em sua natureza, a possibilidade cognitiva, que será estimulada por meio dos sentidos com o decorrer do seu desenvolvimento. A partir das interações, pode-se iniciar a comunicação com outros indivíduos e com o mundo.

É através dos sentidos que os humanos iniciam a Gestalt da sua Evolução Social. Em geral, aqueles que já conhecem os ambientes, ficam encarregados de passar os conhecimentos iniciais para que os indivíduos em fase de crescimento possam fazer as associações e possam preencher as informações que faltam ao seu entendimento.

Para lidar com os possíveis problemas que seriam gerados pela má forma (dificuldade de interpretação), o cérebro humano desenvolveu táticas que ajudam os indivíduos a evitar a falta de organização mental e também, possam fazer associações lógicas e rápidas. Por meio da semelhança (que agrupa os objetos similares), proximidade (elementos próximos em geral se agrupam visualmente), continuidade (sensação de movimento ininterrupto quando alinhados – visão compartimentada – não segmentados), pregnância (objetos vistos da forma mais simples possível), fechamento (a mente cria a imagem de um objeto mesmo quando este não existe de forma material) e da unificação (imagens abstratas podem ser compreendidas por meio de preenchimentos), a mente humana pode estruturar e solucionar possíveis dificuldades motivadas por não estar diante da boa forma.

A importância da Gestalt na Evolução do comportamento perpassa pela dinâmica de resolução de problemas cotidianos. A partir das associações mentais que o ser humano realiza, ele passa a criar soluções mais ágeis para demandas diárias. Podemos entender então que quanto mais forte os grupos criados pela nossa percepção maior a assimilação de informação e coesão.

Saindo do âmbito individual, podemos observar que a psicologia da Gestalt aparece fundada em uma linha filosófica que tem como finalidade tratar conflitos presentes, fazendo com que os indivíduos em geral, tenham consciência de si e comecem a ver a realidade de uma forma diferente, saindo do mero campo psicológico (onde há a possibilidade de estarem iludidos) e comecem a atuar enquanto agente do meio em que se inserem. Por meio dessa psicologia, pode-se ir além daquilo que visualmente está posto e que pela má forma, pode gerar incoerências quanto a realidade.




Por: Ciro Bomfim

A evolução da psicologia e do comportamento.

Toda e qualquer produção humana tem por trás de si a contribuição de inúmeros homens, que, num tempo anterior ao presente, fizeram indagações, realizaram descobertas, inventaram técnicas e desenvolveram ideias, isto é, por trás de qualquer produção material ou espiritual, existe a História.

A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre os gregos até a dominação romana, às vésperas da era cristã. Na Grécia, entre os filósofos gregos surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia. O próprio termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão. Portanto, etimologicamente, psicologia significa “estudo da alma”.
 

É com Sócrates que a Psicologia na Antiguidade ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade. Podemos observar claramente esse “limite” no filme “A guerra do fogo”, Jean Jacques Annaud que aborda a pré-história tendo como meta retratar como decorreu a vida do homem há 80.000 anos atrás, quando a terra era habitada por seres primitivos, vivendo em cavernas, em grupos nômades, ao lado animais pré-históricos, como o tigre dente-de-sabre, o mamute.


Às vésperas da era cristã, surge o Império Romano. Uma das principais características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo (uma força religiosa que passa a força política dominante). Nesse período a Psicologia relacionava-se basicamente com o conhecimento religioso, já que, ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também monopolizava o saber e, consequentemente, o estudo do psiquismo.

No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. O crescimento da nova ordem econômica, o capitalismo, traz consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica. Há, então, um impulso muito grande para o desenvolvimento da ciência, enquanto um sustentáculo da nova ordem econômica e social, e dos problemas colocados por ela. E foi também nesse período que surgiu a psicologia científica com a psicofísica, que visa medir o mental de forma quantitativa e procura estabelecer uma ligação entre o físico e o psicológico. Dessa forma, a psicologia passou a fazer parte das ciências objetivas.

Por fim, podemos perceber que tanto a evolução da psicologia como do comportamento (abordada no filme A Guerra do Fogo) possibilitou ao homem relacionar e desenvolver-se perante o surgimento de novas “formas de vida” como o capitalismo, que visa o lucro e a mecanização do homem (homens-máquinas). Então, será mesmo que essa evolução foi benéfica ou trouxe o grande mal do século?



Por: Isadora Silva